A.N.: Essa é uma das muitas poesias que eu escrevi há pelo menos uns cinco anos. É meio estranho ler e saber que um dia eu já fui boa nisso.
E justamente por fazer tanto tempo que eu escrevi, eu queria saber da opinião de você(s) que ler(em).
Somente você
Às vezes acordo no meio da noite, assustada.
A luz da lua iluminando o quarto, vazio.
O espelho me mostra que foi abandonada.
Você se foi e deixou em seu lugar o frio.
Olho para os lados, mas somente vejo sombras.
Sombras de um passado não muito distante.
Sombras de um amor sempre inebriante.
Inebriante, assim como o convite das ondas.
Vê-se as estrelas de tão claro que está o céu.
Ilumina as águas do mar a luz da lua,
tão doce quanto o mais puro favo do mel.
Fecho os olhos e vejo novamente a boca sua
que me beijava tão intensa e calorosamente.
Vejo também seus belos olhos negros,
que me faziam sentir perdida em seus beijos
enquanto sentis seus toques inebriantemente.
As ondas me convidavam a segui-las,
e eu nem ao menos hesitei em ouvi-las.
Sentia em meu corpo a água gelada
subindo cada vez mais até eu estar inundada.
Senti uma paz reconfortante
que me afundava em alegria.
De repente, um calor inundante
que me tirava da água fria.
Abri os olhos, mas era somente você que eu via.